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Mercado de Trabalho e Tendências

No Distrito Federal cerca de 330 mil habitantes estão desempregados, correspondente a 18,3% da população, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED). A Secretaria do Trabalho (Setrab-DF) diz que a meta é reduzir essa taxa a menos de 10% em três anos. O investimento na atividade industrial e em cursos de qualificação são as principais ações tomadas para alcançar o objetivo.  

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Segundo Marco Secco, diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-DF), a participação da indústria no Distrito Federal tem crescido, mas ainda é pequena, estando em torno de 4% do PIB da cidade. Quanto às oportunidades de emprego em Brasília, Marco diz que os jovens devem estar atentos às demandas já existentes, ao mercado de serviços e as possibilidades de empreender nessa área.

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Na atividade comercial, alguns segmentos possuem variações mensais, devido às datas comemorativas e as estações do ano. No tempo seco, as vendas de produtos como umidificadores e hidratantes crescem, do mesmo modo que no dia das crianças é registrado um crescimento nas vendas de brinquedos. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) afirma que os setores de comércio e serviços estão em recuperação gradual em Brasília.

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Para auxiliar a capital do país a caminhar em um ritmo de inovação, em breve, a Fecomércio-DF lançará um Centro de Inovação para ajudar os empresários. “As empresas têm de se modernizar e é uma obrigação mostrar isso aos associados”, declarou a Federação. 

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Pensando no futuro do mercado de trabalho brasiliense e a inserção dos jovens nesse ambiente, a principal aposta é a tecnologia e a informatização. “Brasília é uma cidade jovem, moderna e inteligente. Existe um grande nicho de mercado nascendo em nossa cidade, o da tecnologia e informatização. É uma grande aposta”, relata a Setrab-DF.   

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Quanto a preparação dos jovens, o diretor regional do Senai-DF afirma que há uma rede de preparação, como o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-DF) e o Senai, além das escolas e universidades. A ideia seria a formação para o trabalho. 

 

A sociedade de modo geral sentirá o impacto do desenvolvimento tecnológico e a Fecomércio-DF alerta que o profissional terá de se adaptar a essas transformações para permanecer no mercado de trabalho. “É algo natural da evolução, o jovem precisará ser mais dinâmico para conseguir se encaixar na nova realidade. Assim como o mercado será modificado para caber dentro da nova realidade”, explicou a Federação. 

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A cidade que sempre foi relacionada a sua grande oferta de vagas funcionalismo público e possibilitadora de empregos estáveis, Brasília sempre atraiu olhares de trabalhadores, tanto daqui, quanto de outras regiões e agora se vê perante um cenário diferente: um grande número de jovens lutando pela entrada no mercado de trabalho e uma estrutura de serviço governamental que já não os comporta plenamente.

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Alexandre dos Santos, presidente da Fundação de apoio à pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), opina que é no momento presente onde deve ser feita a preparação para os modelos de trabalho futuros. Assim, em um mundo em constante transformação é necessário e fundamental que jovens trabalhadores façam uso de toda tecnologia disponível para o aprendizado e desenvolvimento de novas competências e habilidades, porque segundo ele, é assim se tornaria mais possível o posicionamento satisfatório no mercado de trabalho que se desenha de forma cada vez mais competitiva.

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Agência de fomento científico, tecnológico e de inovação do DF, a FAP-DF pretende garantir à cidade o papel de destaque nessas três áreas, através do apoio e estímulo de projetos de pesquisa, por meio do lançamentos de editais públicos que visam o desenvolvimento da região. “Isso cumpre um papel muito importante no desenho de uma Brasília que seja realmente a capital do futuro e inovação”, defende o Alexandre Santos. 

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Além disso, segundo ele, essa é uma preocupação real dentro, mas muito maior fora do Brasil, visto que grandes economias apoiam e investem fortemente nos ramos da ciência, tecnologia e informação para assim agregar valor ao que é produzido pela população economicamente ativa na região.

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